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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fisiologia Animal


A Fisiologia é um ramo da Biologia cujo objetivo é estudar os fenômenos vitais decorrentes de processos físicos e químicos. A Fisiologia procura mostrar como o organismo realiza determinada função.
            Por ser um assunto muito extenso, vamos nos limitar aos estudos da Fisiologia do sistema digestivo, respiratório e circulatório dos vertebrados.
Digestão
Digestão é a transformação ou “quebra” de moléculas grandes e complexas dos alimentos (macromoléculas) em moléculas menores, simplificadas. Somente após essas transformações, os nutrientes estarão aptos a serem distribuídos aos diversos tecidos do corpo pela corrente sanguínea e posteriormente, absorvidos e aproveitados pelas células.
Digestão intracelular: é efetuada no interior da célula. São formados vacúolos digestivo e, no interior destes, a digestão ocorre de fato. É o caso dos protozoários.
Digestão extracelular: ocorre exclusivamente na cavidade digestiva e é uma característica de animais com estrutura mais complexa. Nos vertebrados, a digestão é extracelular e ocorre inteiramente na cavidade do tubo digestório.
Sistema Digestivo
Normalmente formado pelo tubo digestivo e glândulas anexas. O tubo digestivo dos vertebrados inclui a boca, o esôfago, estômago, intestino e termina no ânus ou, nos répteis e aves, na cloaca. As glândulas anexas são as glândulas salivares, o fígado com vesícula biliar e o pâncreas, todos importantes auxiliares no processo da digestão.As aves ainda possuem o papo, o proventrículo e a moela. O papo é uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado, o proventrículo é o estômago verdadeiro das aves, onde é realizada a digestão química do alimento através de enzimas.
Sistema Digestivo das Aves
O sistema digestivo das aves é complexo, em razão da grande variedade de espécies. O formato dos bicos é variado, denunciando o tipo de alimentação de cada ave. A língua é reduzida, e, após a cavidade bucal, segue-se o esôfago, onde se encontra o papo, uma porção dilatada do esôfago cuja função é armazenar o alimento temporariamente. Saindo deste, o alimento passa para o proventrículo ou estômago químico, onde as enzimas digestivas agem digerindo os alimentos. Depois, na moela, o alimento já amolecido é triturado com ajuda de pedrinhas que a ave engole combinado a fortes contrações musculares. No intestino a digestão se completa, e o alimento recebe o suco pancreático e a bile. Os restos que não serão aproveitados são eliminados pela abertura cloacal.


Sistema digestório de uma ave

Digestão no Ser Humano
            Tal como os vertebrados, o tubo digestivo humano compreende a boca, a faringe, o esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
            O alimento chega à boca, é mastigado, triturado, cortado e perfurado pelos dentes e misturado à saliva secretada pelas glândulas salivares. A saliva contém uma enzima, a ptialina, que digere o amido. Pode-se dizer, então, que a digestão começa na boca. Da cavidade bucal, o alimento é deglutido, passa para o esôfago e, através das fortes contrações involuntárias da sua musculatura, o alimento é empurrado até chegar ao estômago. No estômago, as contrações misturam o alimento ao suco gástrico, uma solução clara, muito ácida (seu pH varia de 1 a 3,5) devido a presença de ácido clorídrico (HCl). Esse ácido evita a putrefação causadas por bactérias ingeridas com os alimentos, tendo, portanto função antisséptica. O suco gástrico contém uma enzima que digere proteínas.
Duas a quatro horas depois, o alimento transforma-se numa pasta, o quimo, que lentamente passa para o duodeno. O pâncreas secreta o suco pancreático no duodeno. Este suco neutraliza a acidez do quimo e suas enzimas são uma amilase, uma protease e uma lípase. No duodeno, a bile também Le liberada sobre o quimo. A bile é uma substância amarelo-esverdeada produzida pelas células do fígado e armazenada na vesícula biliar, e é transportada até o duodeno pelo canal colédoco. No quimo, a bile transforma a gordura em finíssimas gotículas, isso facilita a ação das lípases do suco pancreático e intestinal.  A bile também garante uma boa absorção das vitaminas lipossolúveis dos alimentos.
No intestino delgado, ocorrem as etapas finais da digestão. O suco intestinal contém enzimas como a lactase, maltase, além de lípases e peptidases. Os produtos finais ainda estão em condições de serem absorvidos pelas microvilosidades intestinais. Microvilosidades são estruturas digitiformes presentes no epitélio intestinal cuja função é aumentar a área de absorção deste. As microvilosidades são muito vascularizadas, e uma vez absorvidos, os nutrientes são recolhidos pela rede de capilares sanguíneos e linfáticos. O sangue, rico em nutrientes, é levado do intestino até o fígado, onde é feita uma “limpeza”: ele metaboliza substâncias tóxicas absorvidas. Só então é que ele vai para a circulação geral e daí para os tecidos do corpo.
Os restos não digeridos, juntamente com um grande volume de água, passam para o ceco, a primeira porção do intestino grosso, que continua pelo cólon.A função do cólon é reabsorver a maior quantidade possível de água. O material que passa para o reto já constitui as fezes, que são eliminadas pela abertura do esfíncter anal.




Sistema digestivo humano
Acessado em 20 out. 2011
Digestão dos Ruminantes
Os ruminantes são mamíferos com um estômago peculiar. São os carneiros, os bois, veados, girafas etc. Eles possuem um estômago complexo, com quatro câmaras. A primeira é o rúmen ou pança, seguida pelo retículo ou barrete, depois pelo omaso ou folhoso e por fim, o abomaso ou coagulador. As três primeiras câmaras são dilatações do esôfago do ruminante, apenas a quarta câmara, o abomaso, é o estômago verdadeiro, secretor de enzimas.
O animal corta alimentos e o engole, juntamente com uma grande quantidade de saliva. Esta saliva é rica em bicarbonato de sódio (NaHCO3). No rúmen, o alimento é armazenado e sofre uma intensa fermentação graças à ação de bactérias. Desta fermentação resultam ácidos orgânicos, e o bicarbonato de sódio da saliva que foi deglutida com o alimento neutraliza o pH ácido do rúmen. O alimento passa para o retículo, onde é compactado e regurgitado. Esta é a ruminação. De volta à boca, o alimento é mastigado por horas e novamente engolido. Agora, o alimento vai diretamente para a terceira câmara, o omaso; o alimento não volta para o rumem porque é impedido por que existe uma prega existente na parede do esôfago. No omaso, o alimento continua a ser fermentado e passa para a última câmara, o abomasso, onde o suco gástrico atua. As bactérias aí presentes produzem uma enzima, a celulase, que digere a celulose, essas bactérias ainda fornecem substâncias que sintetizam aminoácidos, proteínas e vitamina B12.



Estômago de ruminante
Acessado em 20 out. 11

Circulação e Sistema Circulatório
            Circulação é o trajeto do sangue através dos vasos sanguíneos e coração. Os vasos sanguíneos compreendem as artérias e as veias. O coração é um órgão musculoso, oco, que bombeia o sangue para o resto do corpo.
            Existem diversos tipos de circulação:
1°) Circulação simples: o sangue passa uma única vez pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração branquial. Ex: peixes.
2°) Circulação dupla: o sangue passa duas vezes pelo coração em cada ciclo completo. Ocorre em vertebrados de respiração pulmonar. Ex: répteis, anfíbios, aves e mamíferos.
3°) Circulação dupla incompleta: ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração ou, no caso dos répteis crocodilianos, a mistura ocorre o cruzamento entre a artéria aorta e a pulmonar. Ex: anfíbios e répteis.
4°) Circulação dupla completa: não ocorre mistura dos sangues venoso e arterial no coração. Ex: aves e mamíferos.
A diferença entre sangue venoso e arterial é que o sangue venoso é pobre em oxigênio e rico em gás carbônico, enquanto o sangue arterial é rico em oxigênio e pobre em gás carbônico.
Circulação nos Peixes
O sistema circulatório dos peixes compreende um coração com uma aurícula e um ventrículo, um seio venoso, um cone arterial e uma artéria aorta. Da aorta, partem os arcos aórticos, que se capilarizam nas brânquias, local onde ocorrem as trocas gasosas. O sangue vindo do corpo entra no seio venoso, passa para a aurícula, depois para o ventrículo e daí para as brânquias, então o sangue é distribuído pelo corpo através da aorta. 

Sistema circulatório dos peixes
Acessado em 20 out. 11

Circulação nos Anfíbios
O coração dos anfíbios tem três cavidades: duas aurículas e um ventrículo, onde ocorre a mistura do sangue venoso com o arterial. A circulação dos anfíbios é do tipo dupla incompleta. O sangue venoso que vem do corpo entra pela aurícula direita, e o sangue arterial vindo do pulmão penetra na aurícula esquerda, e o sangue é misturado no ventrículo, o corpo do anfíbio recebe desse sangue. 

Sistema circulatório dos anfíbios
Acessado em 20 out. 11

Sistema Circulatório Dos Répteis
O coração dos répteis tem duas aurículas e um ventrículo com um septo mediano, que quase o divide em dois, com exceção dos crocodilianos, que tem divisão completa em ventrículo direito e esquerdo, mas ainda ocorre mistura do sangue arterial e venoso: nos crocodilianos, a mistura acontece no ponto de cruzamento das duas artérias aortas. Nos demais répteis, a mistura ocorre ainda ocorre no único ventrículo. A circulação dos répteis é dupla incompleta. 



Sistema circulatório dos répteis
Acessado em 20 out. 11
Circulação em Aves e Mamíferos
O coração de mamíferos e aves tem quatro cavidades: um átrio direito, um átrio esquerdo, um ventrículo direito, e um ventrículo esquerdo, não ocorrendo mistura do sangue arterial com o sangue venoso. A circulação das aves e mamíferos é dupla completa. Os mamíferos são os únicos com hemácias discóides e anucleadas.



Circulação dupla completa de aves e mamíferos

O Coração Humano

            Assim como os demais mamíferos, o sangue humano percorre um circuito fechado. Um coração humano tem a forma e tamanho aproximado de um punho fechado, pesa cerca de 300 gramas e, numa situação de repouso, bate aproximadamente 70 vezes por minuto. O coração mantém uma corrente constante de sangue venoso para os pulmões e sangue arterial para as demais partes do corpo. Internamente, o coração é dividido ao meio por um septo vertical, cada metade é dividida em uma aurícula superior e um ventrículo inferior, entre cada câmara há uma válvula: a tricúspide do lado direito, e a mitral do lado esquerdo. 







Esquema de um coração humano

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