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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Evolução

Evolução: a vida em transformação
Um fato científico
A evolução é um fato. Nenhum biólogo tem dúvida de que ela aconteceu e que continua acontecendo. Todos aceitam a ideia de que as espécies vivas se modificam ao longo do tempo, de forma muito lenta. Essas mudanças são tão pequenas que você não as enxerga no seu dia-a-dia: centenas de milhares de anos deveriam se passar para que a soma dessas modificações pudesse ser percebida.
As mudanças que as espécies sofrem por evolução as tornam quase sempre mais aptas a sobreviver nos seus ambientes. A palavra chave, aqui é adaptação. Repare que não estamos falando da adaptação de um indivíduo ao ambiente; ficarmos bronzeados quando expomos ao sol é um exemplo de adaptação individual, que nada tem a ver com a adaptação evolutiva, muito lenta, que torna as populações mais encaixadas em seu ambiente ao longo do tempo.

Como a evolução é um fato aceito cientificamente, o que alguns cientistas ainda discutem, na atualidade, são os mecanismos que fazem com que ela aconteça. As explicações clássicas, baseadas nas ideias de Darwin, podem não esclarecer todas as dúvidas; no entanto, elas continuam válidas nas suas grandes linha. 
As teorias da evolução
Buffon: as primeiras ideias
Buffon, famoso biólogo francês de século XVlll, escreveu com vários colaboradores uma obra chamada histoire naturalle,em 44 volumes. Nesse trabalho, havia sido reunido todo o conhecimento biológico da época. Nessa verdadeira enciclopédia, encontram-se algumas ideias que antecipam as teorias da evolução, posteriormente proposta por Lamarck e Darwin. Buffon, por exemplo, estava convencido de que o clima era um fator importante na variação hereditária. Ainda segundo ele, várias espécies teriam sido criadas ou eliminadas pela influencia do clima. Buffon foi ainda o primeiro cientista europeu a sugerir que a terra tinha mais do que os 6000 anos calculados por alguns religiosos; isso abriu o caminho, mais tarde, para o estudo das eras geológicas.
As ideias de Lamarck
Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida mais simples surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um estágio de maior complexidade e perfeição. Em sua teoria, Lamarck sustentou que a progressão dos organismos era guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações, os organismos procuram adaptar-se a ele.
Nesse processo de adaptação, um ou mais órgãos são mais usados do que outros. O uso ou o desuso dos diferentes órgãos alterariam características do corpo, e estas características seriam transmitidas para as próximas gerações. Assim, ao longo do tempo os organismos se modificariam, podendo dar origem as novas espécies.
Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem;Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das arvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo. 
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.
Vários são os exemplos de abordagem lamarquista para a evolução. Um deles se refere às aves aquáticas, que se teriam tornado pernaltas devido ao esforço que faziam para esticar as pernas e assim evitar molhar as pernas durante a locomoção na água. A cada geração esse esforço produziria aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
O lamarquismo parece extremamente “logico” ao leigo; afirmações como o uso dos alimentos cozidos e amolecidos enfraquece cada vez mais os dentes, que tenderão a desaparecer com decorrer do tempo ou então,            “os insetos se acostumam gradativamente com ambiente e adquire resistência contra ele” são muitas vezes consideradas corretas por terem uma aparência de “lógica, sendo no entanto lamarquista.  
Na época, as ideias de Lamarck foram rejeitadas, não porque falavam na herança das características adquiridas, mas por falarem em evolução. Não se sabia nada sobre herança genética e acreditava-se que as espécies eram imutáveis. Somente muito mais tarde os cientistas puderam contestar a herança dos caracteres adquiridos. Uma pessoa que pratica atividade física terá musculatura mais desenvolvida, mas essa condição não é transmitida aos seus descendentes.Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois foi o primeiro cientista a questionar o fixíssimo e defender ideias sobre evolução. Ele introduziu também o conceito da adaptação dos organismos ao meio, muito importante para o entendimento da evolução.


As ideias de Darwin

A história da viagem do naturalista inglês Charles Darwin é quase tão conhecida e reverenciada quanto a de Cristóvão Colombo. Darwin iniciou em 1831 uma viagem pelo mundo a bordo do Beagle, um pequeno navio de exploração científica. Quando voltou à Inglaterra, cinco anos depois, ele trazia na bagagem um conjunto de ideias revolucionárias que mudariam para sempre a geografia da alma humana tanto quanto Colombo mudou a geografia terrestre. Darwin, como se sabe, é o autor da Teoria da Evolução.
Tamanha foi à força das revelações de Darwin sobre a origem e a transformação do mundo animal, das plantas e, em especial, da humanidade, que quase ninguém consegue ter uma visão muito clara hoje em dia de como se pensavam essas coisas antes dele. Poucas revoluções tiveram esse poder. A prova de que a Terra é redonda é uma delas. Parece natural hoje em dia nos vermos habitando uma esfera que gira sobre o próprio eixo e em torno do Sol. Mas por milênios se acreditou em uma Terra plana como um campo de futebol sustentado pelos ombros fortes de um titã que se apoia sobre os cascos de tartarugas. A evolução lenta das espécies ao longo das eras formando linhagens que desembocam nos atuais seres vivos. Isso é o que acreditava Darwin.Quando lançou A Origem das Espécies, em 1859, o primeiro de seus livros que explicam a teoria da evolução, cientistas e intelectuais de todos os matizes foi obrigado a se posicionar diante dos argumentos do naturalista. Apesar do rigor científico das pesquisas que conduzira, suas conclusões ofendiam a todos. Conceitos arraigados havia séculos na biologia, como o de que as espécies não mudam ao longo do tempo, caíram por terra diante dos argumentos de Darwin. A criação do mundo como descrita na Bíblia foi desmontada. Entre todas as suas propostas, a mais difícil de engolir por seus contemporâneos foi a de que o homem não é um animal superior a todos os outros e tem ancestrais em comum com os macacos. "A publicação de A Origem das Espécies destituiu a vida humana de qualquer superioridade em relação aos animais, enterrou o conceito de divindade e pôs fim a milhares de anos de irracionalidade na comunidade científica e em parte da sociedade", disse o filósofo Philip Kitcher, da Universidade Columbia e autor do livro Living with Darwin (Vivendo com Darwin). Os ataques às ideias de Darwin prosseguiram por todo o século XX. O naturalista foi acusado de solapar os valores tradicionais da sociedade e de defender o determinismo genético. Os sociólogos o criticavam por reduzir a complexidade social ao resultado de ações individuais, instintivas e egoístas.
O ambiente segundo Darwin
As ideias de Darwin influenciaram de forma profunda o mundo intelectual do século XlX. Provocaram uma forte polêmica, principalmente sustentada pelos defensores da ideia de criação especial. O raciocínio feito por Darwin, que levou a ideia de seleção natural pode ser resumido da seguinte forma:
·         Os organismos vivos tem grande capacidade de reprodução. No entanto, poucos indivíduos chegam a idade de procriação, já que a quantidade de alimentos que existe no ambiente é limitada.
·         Isso ocorre porque organismos que tem as mesma necessidades alimentares competem entre si, “lutando” constantemente pela existência.
·         Por outro lado, dentro de um mesmo grupo, os organismos apresentam variações hereditárias, que podem ser transferidas aos descendentes. Algumas variações são mais favoráveis do que outras num certo ambiente.
·         Assim, os organismos com as variações mais favoráveis naquele ambiente têm maiores probabilidade de sobrevivência e de reprodução do que os demais; transmitirão suas características a seus descendentes, e cada geração ficará sucessivamente mais adaptada às condições do ambiente.
As teorias atuais da evolução (neodarwinismo) utilizam, utilizam portanto, o binômio variação/seleção. As ideias de Darwin, aperfeiçoadas por seus discípulos ao longo de 150 anos, são hoje um consenso entre os biólogos.




.   Tanto para Lamarck como pare Darwin o meio ambiente exerce um papel preponderante no processo evolutivo. Segundo Lamarck o ambiente é o principal fator que provoca modificações nos organismos; pare Darwin o ambiente apenas seleciona as variações mais favoráveis. Vamos comparar as teorias de Darwin e Lamarck para a explicação do longo pescoço da girafa.
Segundo Lamarck obrigada a comer folhas e brotos no alto das árvores a girafa é forçada continuamente a ser esticar para cima. Esse habito mantido por longos períodos por todos os indivíduos da raça resultou no alongamento do pescoço.
A moderna teoria sintética da evolução ou neodarwinismo. De acordo com a moderna teoria sintética os processos básicos da evolução são quatro: Mutação, Recombinação genética, Seleção natural e isolamentoreprodutivo. Os três primeiros constituem as fontes da variabilidade genética, sem a qual não pode ocorrer modificação. A seleção natural e o isolamento reprodutivo orientam es variações em canais adaptativos.
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1. EVOLUÇÃOé o processo pelo qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
2. ADAPTAÇÃOé a capacidade de sobrevivência e reprodução de uma espécie num determinado ambiente.
4. As principais teorias da Evolução são:
a) FIXÍSSIMOAdmite que as espécies foram criadas por Deus e são fixas e imutáveis (não se modificam com o tempo).
 b) lamarquismo, de Jean-Baptiste Lamarck- Lei do uso e do desuso (um órgão muito usado se desenvolve e o contrário atrofia, ex. Atletas)
- Herança dos caracteres adquiridos; as características adquiridas pelos seres vivos poderiam ser transmitidas aos seus descendentes.
         c) darwinismo de Charles Robert Darwin– Durante sua viagem ao redor do mundo, a bordo do navio Beagle, coletou dados da flora e fauna. Criou a sua teoriaSeleção Natural
 (sobrevivência dos mais aptos).
- A população cresce em proporção geométrica, enquanto os níveis de subsistência crescem em proporção aritmética, em concordância com Malthus.
 - A tendência das espécies é apresentarem algumas variações diferenciando-se do tipo inicial. Conclusão de Darwin em concordância com Wallace.
 d) Mutacionismo As mutações seriam o único motivo de evolução.
Responda
A)   Cite as leis de lamarquista
R: Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem; Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das arvores mais altas o pescoço do mesmo acabou crescendo. 
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.

B)   Cite as teorias de darwinista
·         Os organismos vivos tem grande capacidade de reprodução. No entanto, poucos indivíduos chegam a idade de procriação, já que a quantidade de alimentos que existe no ambiente é limitada.
·         Isso ocorre porque organismos que tem as mesmas necessidades alimentares competem entre si, “lutando” constantemente pela existência.
·         Por outro lado, dentro de um mesmo grupo, os organismos apresentam variações hereditárias, que podem ser transferidas aos descendentes. Algumas variações são mais favoráveis do que outras num certo ambiente.
·         Assim, os organismos com as variações mais favoráveis naquele ambiente têm maiores probabilidade de sobrevivência e de reprodução do que os demais; transmitirão suas características a seus descendentes, e cada geração ficará sucessivamente mais adaptada às condições do ambiente.
As teorias atuais da evolução (neodarwinismo) utilizam, utilizam, portanto, o binômio variação/seleção. As ideias de Darwin, aperfeiçoadas por seus discípulos ao longo de 150 anos, são hoje um consenso entre os biólogos.

C)   Qual é diferença entre Lamarck e Darwin
Tanto para Lamarck como pare Darwin o meio ambiente exerce um papel preponderante no processo evolutivo. Segundo Lamarck o ambiente é o principal fator que provoca modificações nos organismos; pare Darwin o ambiente apenas seleciona as variações mais favoráveis. Vamos comparar as teorias de Darwin e Lamarck para a explicação do longo pescoço da girafa.
Segundo Lamarck obrigada a comer folhas e brotos no alto das árvores a girafa é forçada continuamente a ser esticar para cima. Esse habito mantido por longos períodos por todos os indivíduos da raça resultou no alongamento do pescoço.
A moderna teoria sintética da evolução ou neodarwinismo. De acordo com a moderna teoria sintética os processos básicos da evolução são quatro: Mutação, Recombinação genética, Seleção natural e isolamento reprodutivo. Os três primeiros constituem as fontes da variabilidade genética, sem a qual não pode ocorrer modificação. A seleção natural e o isolamento reprodutivo orientam es variações em canais adaptativos. 

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